Sabemos que a prática de esporte é um instrumento educacional que
propicia o desenvolvimento tanto individual quanto social da criança.
O esporte, infelizmente, não é utilizado pelas instituições educacionais
na proporção que deveria. Através da prática esportiva promovemos a
socialização, a rotina, o cumprimento de regras, o respeito, a
persistência, o saber competir, o aguardar a sua vez, o romper limites, o
saber ganhar, o saber perder e muitos outros quesitos. É uma fonte
inesgotável de conceitos éticos e morais tão importantes para a formação
do indivíduo.
Quando falo em esporte não estou me referindo à Educação Física e sim a
uma opção esportiva. O esporte é uma ramificação da Educação Física,
porém deve existir independente dela. O professor de Educação Física
deve sim proporcionar o conhecimento de cada esporte para que o
indivíduo possa optar, com competência, qual esporte gostaria de
praticar. A Educação Física faz parte do currículo escolar e é aplicada
no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser
proporcionado pela escola em horário oposto às aulas para que o
indivíduo possa freqüentar e se dedicar.
O esporte tem a magia de integrar o indivíduo independente da classe
social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a capacidade de
trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de conhecer o
próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa
melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis
de serem conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos
dias de hoje onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um
computador ou a uma televisão seja assistindo ou jogando videogame.
O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o
desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia
despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem.
Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas embora estejam nos
proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão tendo, não
tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo. Em cada
entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o esforço
foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas
vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar
descalço.
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